Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Meta


Rasgo. Papéis malditos de minha poesia.
Mato. Papéis avulsos do meu corpo manso,
Porque quanto mais escrevo e penso, eu canso,
Porque os porquês nascem da alma que se esvazia.

Trago. Poesia traiçoeira dos meus dias,
Porção de água podre do meu curto remanso,
Cama hedionda onde por ora descanso,
Ladra oportuna, oh, do que se vivencia...

Ah, malvado desabafo de ideal perverso,
Como carregas contigo as minhas mágoas
Entre todas as linhas que compõem teus versos,

Como tu sois só meu desânimo animal,
A água feroz e solitária que em mim deságua
Como uma máscara dupla de algum carnaval. 

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...