Surgiu. Como quem não surge. Sem um pretexto.
Sob os cabelos, as flâmulas da beleza.
Nos olhos, um verde posto de tão destreza,
Que o verde ao mar é, então, divino doesto.
Das canduras que preservava em si aos cestos,
Nem dama, cavalheiro, um cristão que seja,
Ousavam-lhes repensá-las quanto impurezas,
Menos ainda, não fazê-las seus almejos.
Cresceu. Como quem não cresce. Sem uma prova.
E viu entes de antes, velhos, tristes, sozinhos,
Tais quais os girassóis que à noite se acorcovam.
Já sobre as flâmulas dantes, o ultraje mórbido
Do riso doentio, tornou-lhe dragões os moinhos,
E converteu-lhe o verde num lodo sórdido.
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