Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Parnaso em Fúria



Ser poeta, é ser necrófago das almas,
E encontrar em cada epitáfio maldito
As tumbas mórbidas dos órgãos afroditos
E a vida morta na quietude das palmas.

Vida passa, morte fica, resta-lhe o trauma
Na branquidão dos pelos, dos ares, do indito,
E lá, onde se mortifica o infinito,
Está o poeta, criptografando a sua calma.

Avulso, perde-se à lógica fisiológica,
E o mártir das desilusões fraqueia em cena,
Numa débil batalha  alfabetológica,

Tomado por uma morta ira que lhe escorre,
A pena lhe cai... sobre ele cai a pena...
Vive. Que poeta só vive quando morre.

2 comentários:

Este comentário foi removido pelo autor.
 

Como já disse, e deixando aqui registrado: Você, como poeta, sempre ganha essa batalha alfabetológica, Percebeu?
Está muito bom, está maravilhoso! O valor e os salves de um trabalho bem feito devem ser dados. Então aqui estou dando os meus!
E como eu sempre digo: Surpreenda-me! O que um bom leitor quer é isso!

 

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