Agora podemos morrer, minh´alma e eu...
Vamos, minha cria, vamos daqui embora,
Enquanto aqui, neste plano, falsários choram,
Antonimizando os turvos afãs de Deus.
Falta o corpo, só, pois o resto já morreu,
Enterrei, no fundo da alma bruta, por ora,
As insígnias enxutas da minha história,
E os sorrisos nos sonhos que não foram meus.
Quisera ter tido nessa vida: amigos,
E sonhos pra não realizar, e segredos
Pra a ninguém dizer, e até amores antigos...
Mas de tudo que se há, nada se aproveita,
Tudo se repulsa, vomita, tudo é medo,
Medo e ânsia pela morte que ao longe espreita.
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