Uma viúva vestida de sortilégios,
Risca o céu num melancólico declínio,
E de declínio em declínio vai caindo,
Usucapindo o alvo dos sacrilégios.
E o lúgubre negrume foi no céu surgindo,
Colhendo dos sacrílegos os privilégios
E reverberando a bruta seiva do tédio,
Na face imaculada das virgens sumindo.
E quando o veludo negro queima-se lento
Enegrecendo as almas viúvas da viúva
O arrebol, carrasco dos sexos triunfa.
Então, neste parto dos céus, somente os ventos
São os órfãos que testemunharam o nascer
Doutros míseros órfãos de quem irão esquecer.
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