Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

À Farsa da Luta

a Alex Luis Roque dos Santos

Sem armas nem barões assinalados,
Sem mares , quiçá olímpicos seres,
Arde a flâmula, chama dos deveres,
Nas mãos trêmulas do poeta estancado.

E veda a si, e por si só vedado
Retranscreve seus lisos plúmeos quereres
Em bucólicos cenários dentr´ele,
E que apenas nele morrem calados.

E depois, neste martírio do artista,
Arrasa, qual Davi, o pequenino,
A arte que tanto lhe enchera as vistas.

Mas sob o peito já desguarnecido,
Subjaz o sonho de um poeta menino
Com a fúria de um Golias adormecido.


2 comentários:

Este comentário foi removido pelo autor.
 

q lindoO! eu sempre desconfiei que as palavras guardam uma espécie de segredo entre os poetas.. :P

 

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