A fera ferrenha fere as feridas
Da bela beleza já então abalada,
E em meio às garras, carícias unhadas,
A bela vive, sofrendo sua vida.
Na fera ardia uma fúria afanada
Um furor tenaz, um ardor atrativo,
Um olhar de luxúria distraída...
Mas a bela cansou... ou foi cansada.
E que queria mesmo aquela fera?
Mas ela prometera que o amava,
E coração de fera não se enterra!
A fera, ferida, feriu sua amada...
Última ferida em quem o amara.
E agora, quem é fera, quem é bela?
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