Quis me conceder seu sono tranqüilo
E, ai! Ninfa dum Parnaso em fúria,
Foi no meu colo que bordaste a usura,
Ustulando, lento, meu simples riso.
Então, num sorumbatismo telúrico,
Cresceu-me uma ânsia de avesso conciso
Que teu sono querençoso dormiu
Em meus olhos, fortes arrebóis surdos.
Ázigo é teu sono, bruto sou eu...
Sou qual beija-flor, o qual beija e bica
A flor viciogênica a que elegeu.
E depois, no rebombar de suas asas,
Fende o ar que à liberdade o incita,
Buscando noutras flores outras casas.
5 comentários:
Ficou muito bom, apesar de eu ser apenas um aluno de graduação em Matemática, não sou a pessoa certa para comentar, mas uma coisa eu posso afirmar, o soneto ficou muito bom, parabéns Castro !
-
Liindo ^^
Adorei teu canto
Seguiindo também ...
Uau que versos lindos!!!
muito..muito poetico!!!
òtimo feriado
Eita que mistura!!!
* Augusto dos Anjos: "sorumbatismo telúrico"
* Gregório de Matos: "beija e bica", irmão de pica-flor? rsrsrs
Sem falar no tom romântico desse eu-lírico que "beteu no liquidificador" sua poética clássica-apaixonada!
Postar um comentário