E assim vai-se desconstruindo um homem...
Dar-se a ele o que mais o querer lhe supre,
Toma-lhe aquilo que por mais o desnutre,
Abunda-o do que seus irmãos têm fome.
Segrega-lhe as penas tão imunes,
Rasga-lhe o néctar qualquer que tomem,
Deixa-o florescer sem mostra-se o nome,
Dai-o amores seletos e circunde-os.
E assim caem esculturas tão belas...
Cem mil vezes cairão deste jeito
Com cem mil braços a levantarem elas.
Cem mil pernas sustentarão suas pernas,
Cem mil mãos acalentar-lhes-ão o peito,
Mas sem corações doerão suas dores internas.
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