Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Longínquas Tardes

Na carne do céu o desponte do aço
Desponta do Láscio o encrave confuso;
Cravando nos barcos de remos mudos
A mudez da palavra puro impasse.

Nos zelosos zunidos inconclusos
Zuniu uma cor de serpente terraço
Serpenteando o rítmico compasso
Desritmando os alegóricos usos.

Da vela que arde em máscara de cera
Mascaro a cera que vela o que arde
Velando as máscaras que se assemelham.

Na ponta negra do Láscio desenho
Desenhos de algumas longínquas tardes,
Longínquas tardes que cá não as tenho.

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