Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Aos cegos que o leêm

quinta, 01 de junho de 2010

Deito-me no sórdido cemitério
Dos poetas mortos que tu deflagras!
Ah... já posso ver metáforas magras
Decompostas por teu verme estéril

Que mastiga, com dentes de adagas,
O ritmo, o sentido, o mistério,
Tudo que faz do poema: etéreo;
E unicamente o que tu atacas!

Se soubesses o que a ti desejo
Logo de mim estarias fugindo...
Sabes tu o antônimo do beijo?

Se não o sabes estarás mentindo
Quando falares de um mau sobejo
Sobre o poeta do tamarindo.

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