Do céu azul na profundeza escura
Brilhava a estrela, como um fruto louro,
E qual a foice, que no chão fulgura,
Mostrava a lua o semicirc'lo d'ouro,
Do céu azul na profundeza escura.
Brilhava a estrela, como um fruto louro,
E qual a foice, que no chão fulgura,
Mostrava a lua o semicirc'lo d'ouro,
Do céu azul na profundeza escura.
(Murmúrios da Tarde – Castro Alves)
Ontem à noite, quando a lua morria,
E a madrugada me tomava o espírito,
Dentro de alguma estrela reluzia
O teu brilho perdido no infinito.
No negro céu, onde o olhar podia,
Como nalgum experimento onírico,
Teu corpo sem matéria se movia
Pondo aos olhos o brilho do teu físico.
Eu, no negrume que a noite propunha,
Enxergava talvez no firmamento
A música corpórea que compunhas.
Quisera eu do sol o nascimento...
Para que o manto noturno que vestes
Deixe desnudo o teu corpo celeste.
0 comentários:
Postar um comentário