Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

As Almas


Ama o homem morto quanto ama
A morte o morrente velho homem.
Amar depois que a morte o consome
Faz deste homem o que não o chamam.

Porque homem – de essência humana –
Pouco ama àqueles que os assombra
E que como uns Mistérios, vão-se, somem,
Transformando-se em sombra, verme e lama.

Mas sim... ama o vivente o homem morto
Cuja alma prometeu, de quem absorto
Sorveu a concordância do eterno.

Que importa que não ame a viva alma?
Ama o homem morto e tem calma
Pra fazer do esquecer um amor moderno.

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