Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Às lágrimas solitárias


à Mannu Dias

Quando Diabos me perguntaram:
- Conhece-o?

A dúvida maior surgiu-me,
Já não sabia pelo que me perguntavam:
Pelo amor? Pela pessoa?

Ainda sim, como por vingança, neguei tua existência,
Ainda assim, como por dança, perdi minha rima.
E quantos versos quis entoar em teu nome
Rimando “eterno” com amor de homem...
Tecendo poesia em vez de verdade.

Ah, que poesia é inútil!
Que poesia não é teu nome
Que eternidade é mentira de quem se engana
De quem se ama.

Oh, Céus, quantos céus não quis desbravar ao teu lado
E quanto pranto derramei pela impossibilidade do voo...

Conheço não.
Nunca conheci.

Porque príncipes são toscos, reles e grossos,
É a lei,
Sempre foi a lei.

Quantas vezes não quis chorar teu pranto?
E hoje choro solitariamente o meu.

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