Mandacaru
Quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega
No sertão
Quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega
No sertão
- Xote das Meninas, Luiz Gonzaga -
Água que dorme no mandacaru
Que venha de ti a serena sina
De ser dulcissimamente a assassina
Daquela que alimenta os urubus.
Que venha de ti ou do céu azul
A morte severa da que malsina
As vidas invisíveis que se assinam
Neste Brasil de vãos nortes e suis.
Vem, santa vênera do sertanejo,
Vem destrinchar as vidas calejadas
Com tuas veias todas escancaradas
A nutrir desde o ilustríssimo Tejo
Até o cacto que no árido aflora
Até o cacto que no árido aflora
Anunciando o mau que vai-se embora.
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