Amo, porque quem ama vive noutro,
E o glorifica altares e subúrbios,
Aos brutos brandos, sinceros sussurros,
Aos mendigos, vestes absolutas de ouro.
Amo, porque amar é o cair dos muros,
É saber, muito menos do que um tolo,
Que qualquer chave escancara um tesouro,
E é lá, ali, que a razão dá os seus urros.
Ah... amo, porque amar não é perfeito!
E quem tu és, tão imperfeito, a amar?
Quem tu és, desglorificando tudo?
Cabe no amor a razão de sonhar,
Já num sonho cabe a razão do mundo,
Mas o amor... extrapola este soneto...
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