Caminhava pelas fendas da vida
A receber, por entre a fé dos ossos,
A angústia maléfica do remorso
E a frieza escabrosa das feridas.
E por entre tantas idas e vindas,
Por entre tantos desmazelos nossos,
Encontrei, dentre meus próprios destroços,
O declínio de minh´alma falida.
Eu, este ser em que as trevas residem,
Sou o ponto onde os males coincidem,
E onde ecoam os gritos do inferno...
Eu, que enquanto vivo penso que morro,
Tenho neste meu noctívago conforto
O prazer fugaz de um beijo materno.
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