Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Mortes

Inspirado em um conto de Danniele Silva,
e dedicado a mesma, óbvio!




Ver-te, à derradeira oportunidade,
É sentir-te uma vez a mais, e degustar-te,
Como a moléstia que mata e faz de tal arte
O propósito obscuro de suas idades.

Querias-me tu como uma mísera subparte...
A mim? Filha de tantos e tantos cuidados?
Descansa, então, o sossego desses prados,
E a putrescência fisiológica do infarto.

Que de cobrir-se de reservas estou farta!
Vês, amor, estrelas multicores no céu?
Anunciam, pois, a tua tão só chegada!

E as trombetas toscas dos anjos mais toscos,
Predizem a ida do amor, meu escarcéu,
E denunciam a vinda de mais um morto.



1 comentários:

Criações poéticas são por natureza difíceis de fazer. Não basta apenas ter sentimento, tem métrica, rima... Não basta só talento ou inspiração, exige uma certa técnica de se brincar com as palavras que só os mais hábeis escritores têm: os poetas.

 

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