Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Está por vir "O Escultor"...


Achava-me a cuidar de meu próprio jardim. Lutava por esquecer o acaso da noite anterior, quando, estranhamente, sumira um de meus criados. Talvez o melhor que houve em sua função. O dia era azul, e o frio mordia tudo como a todo lugar em Londres. Uma neblina escassa se enroscava entre os pinheiros e o chafariz de anjos dava um charme vinciano à fachada da minha casa.
Nesta mesma noite em que sumira meu criado, conheci alguém de quem jamais irei esquecer-me. Fui apresentado ao Sr. Gray, um moço muito simpático e de boa aparência. O tempo pareceu repousar em seu interior, num sono profundo sobre uma juventude insone. É uma criatura interessante. Conversa ruflando plumas com lábios escarlates, e destilando absinto com seus olhos desconcertantes. Mais alguns jovens daquele e nosso país seria o mais bonito destas bandas.
- Sr. Bromberg, o chá foi servido.
A riqueza é algo formidável. Ela o coloca acima de todos, difere-lhe do resto, dá-te o poder que o carisma não outorga. Entretanto, Deus não é amado por ser rico, e eu quero ser Deus um dia.
- Obrigado, Brigite. – sinto este um nome irônico para uma criada...

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Vem aí, "O Escultor"...

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