À Fernanda Paiva
Abaixo das catedrais dos teus olhos
Morre sempre um dos filhos da descrença,
Sepultado às velas da insônia intensa
E lembrado às margens de sombrios solos.
Aparte o esforço nobre com que pensas,
Levo de ti os quereres dolorosos
Nos quais banha-te o sangue pelos poros
E apesar de mártir, não há o que te vença.
Mas já o orvalho cobre tuas catedrais
E a beleza da alforria as embranquece,
Volvendo os ânimos aos animais.
É tempo, pois, de virar-se ao avesso,
Crendo em ti, que pensas, mais que nas preces,
Que fazer das catedrais teu endereço.
1 comentários:
Meu poema lindooooo! Obrigada queridinho!
Postar um comentário