Quinta, 01 de junho de 2010
A tudo de meu inimigo estarei atento.
Antes, e com tal zelo, o odiarei tanto
Que mesmo à frente de seu maior espanto
Dele me rirei sem nenhum comedimento
Irei odiá-lo em cada vão momento.
E na sua morte irei exaltar meu canto,
E mal saberá ele que zombarei tanto
Que a alegria será meu único sentimento
E assim, quando no fim já me procure
Talvez a solidão, o mal de quem ama,
Ou até a morte, destino de quem vive,
Eu possa lhes falar do desafeto que tive
E esparramar minhas memórias em fama
Por que ao ódio não há tempo que cure!
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