Parnaso em Fúria 01

A lírica de Felipe D´Castro...

Ensaio sobre a morte


Sábado, 05 de junho de 2010



E fico pensando: e se hoje morrer?
Será que do meu sepulcro darei risadas?
Ou ali mesmo, no jazigo de pedras caladas,
Irei meu próprio Tártaro criar e viver?

O que os podres vermes dirão ao me ver?
Aposto que farão festa de minhas vísceras paradas
Enquanto aqui, três famílias inconsoladas
Chorarão mares para poder me ter

Ah Deus! A morte: o destino inextirpável!
Quem, feito de plasma e ossos pode dela fugir
Se seu gélido abraço é a única certeza irrefutável

De que um dia, é certo: deixaremos de existir?
A morte é o grito uníssono das almas
Uma mistura de vozes, prantos e palmas

1 comentários:

Gostei muito desta poesia. Não sei... é meio Augusto dos Anjos meio Álvares de Azevedo. Não vou falar nada sobre os aspectos estruturais, pois sou um pouco devagar nesse negócio e minhas análises não são lá essas coisas, mas como opinião pessoal eu adoro esse tipo de poesia e acho que você escreveu este "Ensaio sobre a morte" de forma muito bela e impactante.

 

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