Sábado, 05 de junho de 2010
E fico pensando: e se hoje morrer?
Será que do meu sepulcro darei risadas?
Ou ali mesmo, no jazigo de pedras caladas,
Irei meu próprio Tártaro criar e viver?
O que os podres vermes dirão ao me ver?
Aposto que farão festa de minhas vísceras paradas
Enquanto aqui, três famílias inconsoladas
Chorarão mares para poder me ter
Ah Deus! A morte: o destino inextirpável!
Quem, feito de plasma e ossos pode dela fugir
Se seu gélido abraço é a única certeza irrefutável
De que um dia, é certo: deixaremos de existir?
A morte é o grito uníssono das almas
Uma mistura de vozes, prantos e palmas
1 comentários:
Gostei muito desta poesia. Não sei... é meio Augusto dos Anjos meio Álvares de Azevedo. Não vou falar nada sobre os aspectos estruturais, pois sou um pouco devagar nesse negócio e minhas análises não são lá essas coisas, mas como opinião pessoal eu adoro esse tipo de poesia e acho que você escreveu este "Ensaio sobre a morte" de forma muito bela e impactante.
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