Portanto, hei de cruzar-te os olhares,
Do que há de nascer-te um sentimento,
Qual rubras rosas que imprimem o intento
Do magnetismo corpóreo dos ares.
E hei de alisar-te as honras, os lugares...
Co´as mãos sandias socraticamente,
E chamarás a mim de impertinente,
E a Ti responderei que sois meus males.
Ativo, hei de velar teu prazer,
E de espiar-te, tal como um algoz,
Para em ti, eu, meu eu, desfalecer.
Terminarei por entrar-te, Senhora,
Num dentre, fora, fundo, tão atroz,
Que a mim buscarás, bem o sei, toda hora!
2 comentários:
Poema erótico! Felipe D'castro, vc é o escritor mais eclético que conheço! rsrs... que bom que não foi tão "direto" como Bocage! >> Gostei :)
Parabéns, Felipe. Muito bom. Sempre em frente.
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