Nasceu, melado de incógnitas raras...
Do pobre pai colheu a covardia,
Já da mãe, aquela mulher vadia,
Sugou a agudeza suja das taras.
Não foi rei, não foi homem, não foi nada.
Sequer, como fora o pai, fosse um dia,
Mas nem isso, esta falta de ousadia
Destacou-o na vida. Desperdiçada.
Vidas estupradas por organismos
Decadentes, com seus dentes sem força,
A morderem a corda da própria forca
E a pedra dulcíssima do ostracismo.
Nascemos, e conosco nasce a morte,
Conosco nasce e conosco morre.
0 comentários:
Postar um comentário